Escrevo hoje este texto em um teclado, de um computador relativamente novo (3 anos e meio). Ele já está demasiadamente ultrapassado ou levemente gasto. Os avanços, ao passo que se perfazem, se atrasam. O novo já não é mais novo no espaço de um segundo e o conceito de bom é vinculado ao novo e não ao ótimo. Na empresa que se chama empreendimento-do-novo-melhor-que-antes, não há espaço para o temporalmente superior.
Escrevia e continuo escrevendo neste velho amigo, nem tão velho assim; mas o que importa é que ainda tenho comigo velhos amigos, já bem mais velhos do que eu imagino que sim: uma máquina de escrever Olympia SR De luxe e uma caneta Parker "51". Para dizer a verdade, essas relíquias são bens preciosíssimos, pois eternizaram-se: de tempos outros chegaram a mim. E sendo bem sincero, como o cheiro do antigo é gostoso. Agora é só a supressão dos sentidos: falta-me um pedaço do fim.
O mito da pós-modernidade é engrandecido: antes o novo ao bom. Em resposta a isso chamar-me-ão antiquado.
Daqui a pouco tu vais escrever com pena de galinha, ou aprender escrita cuneiforme pelo jeito !
ResponderExcluirabraços Bruno
faça bom uso da caneta nova
ps( olha quem está falando né?)
hauahuahuahauh
ResponderExcluirquiçá hieroglifos!