De repente,
estando na rua, já armado de sua testa vantajosa à frente, B. toma posse de sua
consciência ao se perguntar, estranhamente familiarizado consigo mesmo: “Mas o
que estou fazendo aqui?!”
Era demais para B., sempre fora demais! Ele já não tinha mais a mínima noção do que precisava fazer para que pudesse estar em algum lugar... Era demais para B.; isso ele sabia como ninguém.
Mas
rapidamente aqueles pensamentos saíram de sua cabeça. Ele já estava olhando as
suas próprias mãos – secas, transfiguradas pelo frio excessivo que fazia para
um começo de outono. Afinal, ainda nem havia entrado propriamente nesta estação
– era pleno setembro (e estranhamente frio).
Mas B. já não
mais queria saber. Olhava seus pés – divertidos! Como sempre sorrindo. Não
tirava aquele ar de sua face. Fazia-se refém de si mesmo à maneira de um Deus:
escravo de sua própria infinitude e impossibilitado de mover-se no vácuo de sua
própria substância – é sempre o todo de si mesmo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário