terça-feira, 10 de maio de 2011

Tantrismo ocidental? Pura ilusão.


Parece que pela convivência, por ter-se enfim a oportunidade de viver na e da intimidade, os mais atrozes sentimentos - o nojo, a raiva, o amor - afloram e misturam-se nesse espaço em comum que é o oîkos (família, casa). Bebo dessa oikonomía! O melhor é ser ente orgiático! orgia de Lâmia em lambança e libido em loucura. Embebedo-me em lamúrias.

Rapaz, diz Lâmia, está na ora de comer! Começarei pelo teu falo adentro em minha boca... Mas que coisa, gosto péssimo para algo tão pequeno... instala-se o complexo: medo do falo alheio! Sacrilégio da carne à terra, pensar em sacrilégio este falo perfeito. Adentra minha boca, e faz-se da mais cavalar maneira, comendo, então, a criança em Canaã e em Micenos. Os braços abertos, cabeça curvada, coluna em "c" e relinchos e grunhidos e regozijos animalescamente bem vindos à casa profana do seio metricamente moral.

E o adulto-criança, a de ânus ao sol e céu sobre os anos correntes, sôlta e contraceptiva, à moda da plebe escondeiriça, reclama e reclama e critica e fere. Culpar-me? para quê, sou deus em mim - meu ego: infla, infla, infla! Qual tamanho ego é este, pom, pom, pom, bate o som escrotal ao chão; se não o tem, deixa Lâmia aflorar, devora-o! Ah, queria a maior luz anelar da maior e perfeita criança fetal. No seio da ignorância, o velho esculpe os nossos velhos em tramas. Os monstros abomináveis que tentarei a todo custo evitar serei eu em logo sempre mais. Pífia tentativa, para pútrida casa ferida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário