quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Fear of growing old



(Sound)
- My buddy once told me: "hey man, you are getting old..." Well, I just turned back, went to my bathroom, took that tonifying shampoo and used it. Then he said: "you look like my dad in the 90's pictures." I'm sure I will take that as a complement, though.
(Silence)

(When it was silent, there was no more such a place as existence. To tell the truth, since the aging is what prepaire the being to the inevitable death, then there is no doubt that existence is always full of such a fear. But this is what makes (human) existence a real being; for, if there wasn't this particular agony in trying to anticipate the occurrences of life, there would be nothing more than "pure life" - without existence, of course.)

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Drama (between the 'meaningless' and the 'babe')



This is an experience of the thought put as a song like that taken from the Broadway spectacles. The way it must be read is the same as a drama, with lots of enthusiasm. You all need to know that I will not say what was pretended with the idea exposed in this little text below, but the image that it ought to be made is something as an argue between a couple (heterosexual or not) or maybe very good friends. So, as a drama and a spectacle that it is supposed to be, please try to read it in loud voice, singing as a Broadway show, and, most importantly, using two kinds of voices: one very angry and the other just sad. Besides, I let you find out what is the best to be one or another.

– This is just the human nature! All the same, all the same: just as meaningless, meaningless. Comprehend it as nothing, just nothing, meaningless! Just as this little word that you keep saying to me, keep telling me in the corner of my ears: this ‘babe’! Meaningless as that! Don’t keep saying it, don’t you dare to do it; keep it out of your tong, your mouth, your heart! At least, what is heart as just more of nothingness, meaningless word! Words that you need to avoid! Please!

– But just listen to yourself! Feeling so annoying, so uncontrollable! That’s what you are: too self conscious and rational! Keep it off, please, my little sky! Let it flow out! Let it come from the inside-out! This is all you are! Make me feel comfortable and cozy in your arms! That’s what you owe me – forever, forever, forever! You shall always be that ‘babe’ of mine, with or against your will. And don’t dare to say ‘tis meaningless!

– For this I tell you what! “No” is what I think: that’s nothing as kindness and human spirits and life after death! This is human nature to believe in the oblivion, as an obvious pursuit for exaggeration and universality! You are just vanity; vanity you are! Just a little of this desire of fire taken up as the tree of Moses! Keep it off for yourself… That is, there is nothing as infinity! That’s you owning some solitude, some of me! This poor too self conscious ego of myself! And don’t dare say the words again… The word in particular: this ‘babe’ of yours...

– You are really pissing me off. In reality you always were… You and all your negative expressions! Feel free to listen to this ‘babe’ of mine; at least you are still able to listen to it!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Análise sobre as expectativas da vida pública: Rhapsody on Theme of Paganini, Op 43 -Variation XVIII: Andante cantabile (Rachmaninoff sollten angehört werden.)



O som batia nos ouvidos e agitava a sua concentração no nada do seu ser. Saía da caixa, pequena maquineta vulgar, a voz monótona e irritantemente cadenciada no igualitarismo sonífero da voz daquela mulher... Claro, ele guardava o seu respeito em relação a ela; afinal, [ela] o superestimava por um equívoco do passado – deixando-o em uma situação complicadamente fácil de resolver, não fosse a expectativa nele recaída acerca de suas capacidades. Algo a se desconversar. Não desmentir; isto jamais! Fazê-lo seria retornar ao seu anonimato indigente – e, obviamente, o seu ego não o permitiria: essas coisas de ser parente do jovem Narciso. Mas as suas faculdades do espírito não são de todo ruins ou mal utilizadas (sequer são subutilizadas de um modo qualquer e aleatório); as eleva até ao máximo de seu caráter sórdido, não sendo possível determiná-las por uma questão de insuficiência intelectiva sobre os objetos de pouca importância, como é o caso de sua própria capacidade (e, mesmo, de seu conjunto de capacidades). “Basta sê-lo capaz, jovem!”, cantam em coro as vozes do mundo. Mas sê-lo capaz em aparência, como um bom mascarado no baile do Príncipe Mephistos, onde a lâmia mais horrenda apaixona o homem mais torpe com o pretexto de suas alegorias argentas. E isto aquela mulher não compreendia: como um semi-deus hercúleo pudera transformar-se (transtornar-se, quiçá) em um “simples” no breve momento do cálculo da língua – a partir da análise gritante do prefixo ‘semi’, cuja função é tanto dar caráter quanto tirá-lo (sendo que entre o deus e o comum está o semi como o que nada é, ou tudo não é). O pior é que sua imagem, na semelhança de duas gotas d’água, fora confundida por um olhar curto (este dos espíritos míopes) com a nobreza in personae, sendo que a diferença é de natureza entre a maquineta escura e o vagão roto (ou entre a generalidade e a repetição a diferença é de natureza). E esta, como já foi dito por um francês, é cravada na diferença constantemente relembrada: distinção esta que lhe dá o mero semblante de um duque, quando não passa de caixeiro e cru debutante de sua ignorância. Sim, com toda a certeza, fá-lo-á assim na certeza de que aquilo sobre si de que lhe cobram um trato, seja dado em ato, na forma singela de algo que não é; uma simulação. 

domingo, 14 de outubro de 2012

Melancholie: Concerto no.2 in C minor, Op.18 - Adagio sostenuto (Rachmaninoff sollten angehört werden.)



Ich bin immer hier mit mir Selbst. Ich kann nicht ohne mich Selbst sein, obwohl ich es will. Ich bin immer ich selbst, aber ich weiß nicht wann. Nur eine Finsternis.

(Homérida) Contrapunctus II - O Folhetim 09


Em um momento de pestilência imaginativa pensara Laércio:

“Simplesmente, extraordinariamente, horrivelmente, devo acrescentar, decerto, maquinalmente: um lugar comum. Nada há de mais clichê e irrelevante do que o discurso do agrado; o leva-gado-em-paz. Oh, e há tantas coisas mais que poderiam ser ditas em oito minutos, tantas outras potencialmente mais pertinentes... Será que o discurso não se deixa revelar? Será que ele mantém-se calado diante da infinitude de conceitos possíveis ou atuais? Será que é devido abordar as flores quando a raiz é espúria? § Não, querido amigo. Não, forte e pausado. Deverias atinar para aquilo que importa – que não precisa ser o meu importar-se-me, não obstante não deveria ser o desimportante. Anos e anos só foram suficientes para fornecer caldo ao prato de ossos, técnica para os carentes de espírito [entenda-se, virtude e excelência] e vanidade para os vaidosos. Sois todos vós espigas imaturas: não prestais para as bocas dos famintos de "ser". Largai, logo, o discurso heróico; este é para Homero. § Largai! Correi por fazê-lo depressa. Minha abordagem é proposital, é para demonstrar às educadas e finas marteladas nietzschianas o imperativo desta tarefa. Pois, ficou obliterado no passado o conto kafkiano "diante da lei" e só se falou de asnos e dragões. O porvir de todos vós será grandioso, entretanto; Não me é possível, contudo, dizer o mesmo de vossas mentes, já corrompidas pelo desejo de permanência no asco eterno de uma reles preocupação: pois o que são provas para a vida? Nada! § Acaso! Acaso! Acaso! Jamias fora o destino. Jamais fora o nascer de um novo dia. Jamais fora a esperança no futuro. O ocaso está longe. E o homem permanece como uma corda entre o macaco e o super-homem; um obstáculo por vencer ao se deixar vencer. Sois fracos de espírito, volto a afirmar. Devíeis concentrardes todos vós nas palavras de um embuste? O que é o discurso, senão a porta do espírito? E como sois fracos. A tradição prevalece diante do ensino; a técnica por sobre os prados.”

Logo após este intercurso sensual em toda a sua revolta, Laércio volta à cama e dorme.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Super (in)consciência (Jogo com sensações)



De repente, estando na rua, já armado de sua testa vantajosa à frente, B. toma posse de sua consciência ao se perguntar, estranhamente familiarizado consigo mesmo: “Mas o que estou fazendo aqui?!”

Era demais para B., sempre fora demais! Ele já não tinha mais a mínima noção do que precisava fazer para que pudesse estar em algum lugar... Era demais para B.; isso ele sabia como ninguém.

Mas rapidamente aqueles pensamentos saíram de sua cabeça. Ele já estava olhando as suas próprias mãos – secas, transfiguradas pelo frio excessivo que fazia para um começo de outono. Afinal, ainda nem havia entrado propriamente nesta estação – era pleno setembro (e estranhamente frio).

Mas B. já não mais queria saber. Olhava seus pés – divertidos! Como sempre sorrindo. Não tirava aquele ar de sua face. Fazia-se refém de si mesmo à maneira de um Deus: escravo de sua própria infinitude e impossibilitado de mover-se no vácuo de sua própria substância – é sempre o todo de si mesmo!

domingo, 7 de outubro de 2012

Rubro (ou lá no canto)


Ali, ali no canto. Bem no canto do meu jardim. Tem um pequeno homem vermelho tentando destruir o pedaço que ainda resta de minha bola preta. Estou no canto do meu olho. Estou dentro de minha sala. Olho para fora e só vejo o homenzinho. Mas ele é tão gracioso. E destrói toda a minha bola. Era de terra, entretanto. Mas minha. Não é mais. É só mais um resto de terra na boca do homem, do pequeno homem vermelho. Beijos!