domingo, 24 de julho de 2011

B-Mashina



Este é o ano de 2011 e encaminha-se ao neo-totalitarismo. Não que já não se esteja nele, longe disto! Estamos ainda mais dentro dele. Apenas acontece de forma mais rápida e desmedida o seu encontro. Mas o que é o neo-totalitarismo? É algo que está fora dos padrões do ser político, algo que nem o próprio Estado Leviatã conseguiria dizer com facilidade, mas que é tanto mais real quanto factual seja. A sua raiz está profundamente fincada nos pés de uma mudança sensivelmente ideológica. Este é o ano de 2011 e há muito tempo encontram-se todos no neo-totalitarismo libertário. Cuidado em ambos os lados! Leste e Oeste fazem parte de um passado esquecido; o mesmo vale para algo mais remoto e tanto mais esquecido em sua essência: o Arianismo super-hominídeo. Esta é a linguagem do totalitarismo. Este é o código do rememoramento: o esquecimento cadenciado e visto à perspectiva das ondas em linhas de intersecção de memória. Deve-se esquecer para lembrar; mas não viver para superar. A experiência mostra justamente isto. Este é o método utilizado por todos os mecanismos multinacionais. E subitamente todo o povo na Terra foi pego por um vírus: alguns disseram que isto era devido à água... Quanta besteira. O problema nunca esteve na água. A água é que esteve no problema: a água, a comida, a vida, a economia. Para proteger a todos de suas memórias sobre si e sobre tudo o mais, crie-se os mecanismos de esquecimento-rememorado. É basicamente uma forma mítico-ritualística de dizer: “então, e finalmente, a sós! Eu, eu e eu mesmo. Mas não tão só... Tem o mercado para me ajudar a superar toda esta crise”. E não é que seja necessário viver lembrado, mas não viver sem não ser vivendo; e para isto ocorrer é necessário não deixar de morrer todos os dias sobre o que se foi e passar a ser outro que não o de sempre, pois o ser, e Parmênides e todos os demais sempre estiveram errados, não passa de uma mortificação, uma estagnação, um contraponto ao santo e ao corporal! Pois o santo é o corpo, não o sangue ou a alma. E nesta linha que já parece estar quase perdida em devaneios, uma salvação: sim, são devaneios; não, não são mais do que não devaneios. Contradição? Jamais! Veja-se o seguinte, e para começo de conversa, pois este ainda é o começo, não há paragrafação neste texto e isto quer dizer alguma coisa. Tem um significado significante por trás disto, mas este não pode ser revelado. Isto, quer dizer, este texto, funciona como uma mensagem subliminar, mas não se dirá aqui qual vestígio sobrará no profundo emaranhado sistemático-nervoso. Este é o senso de todo este neo-totalitarismo – não sempre foi ele a questão central deste diálogo mono-circunstancial? Simplifique-se: a libertação é a maior forma de totalitarismo, de controle da produção, de produção de uma paz, de uma passividade, sem conhecimentos de causa, pois não importa nada exceto o controle. Os atuais políticos leram um maquiavelismo perigoso à própria base do texto do Florentino; e ele treme-se no leito de vida. Leito de vida? Dat is zeer moi, hè?! E como é bonito pensar que do morto há vida, enquanto não seja post mortem, pois, queridos, a vida é maior na morte, pois já não é vida contida, mas vazio e expansão! Expansão e vida de corrupção à geração: outras formas de vida na vida que é tão só aqui e agora! E assim como era no final agora e sempre! Mas, pois bem, esta corja política utiliza-se do 1984 para fazer de todos os demais os seus larápios de dominação sem causa. E este não é mais um texto político! NÃO!

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