quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Saginata: história do território interior



Há, agora, dentro de meu estômago um grande ponto branco. Este ponto branco é em mim um grande vazio. Ele me dá fome quando estou saciado, me dá sede quando já então me afogo e me corrompe a sempre sentir falta de algo que me alcança. Estou agora com um crescente ponto branco em meu estômago - e ele se move em mim. É grande e já não mais é um ponto; e vai e volta e enrola e solta. Passa e arranha em mim este traço e cresce e me toma. Serra em mim este fio e maquina-me por lacerar minhas vísceras. E sobe e alaga o meu pulmão; e força e me torna cancerígeno. Esfacela meu baço este traço e alinha-se ao emaranhado de minha massa. E sempre que vai mais acima escapa-me por entre os poros e revela-se-me em orifícios. Destrói-me e permite-me inconcluso; e... 

3 comentários:

  1. o nome do remédio é ALBENDAZOL !!!

    que Taenia danada essa...

    Piadinhas infames à parte, gostei do texto, só a imagem que traz lembranças das desagradáveis aulas de biologia da quarta série

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  2. Teve gente que viu o amor aí, Caio! E outros desejo... Eu particularmente não vou dizer se tem duplo sentido... deixa subjetivar na maionese!

    bote fé! Profa. Betânia, não era?

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  3. Eu presumi que o texto não era sobre a sua taenia de estimação ! (Não contavam com a minha astúcia)
    É, tia Beta, a que relatava para seus alunos das peripécias que praticava com o marido .
    Na maionese não, que se for pra subjetivar é melhor mostarda com mel.

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