segunda-feira, 30 de maio de 2011

Imagens: entre Puy e Picasso, uma menina


Era uma vez uma menina e seus olhos em azul escarlate. O preto de seus cabelos louros balouçavam no quarto sem vento enquanto sua pele tocava em mim através do espelho. Eu era dois com uma delas e ela duas com dois de mim e eu amava isso... No quarto das lembranças impossíveis, pois intransponíveis pelo gelo do tempo, o existir em mim passou a ser nela e o dela em mim, se bem que eu queria que não fosse assim. Mas surge um broto de luz a partir do clarão da árvore torta que nos faz pensar em sair; saímos voltando a si. Que bom... que bom disse ela pra mim. E eu em fiapos de gordos pedaços do que outrora fora, me fiz diferente, só por ela, sempre assim... sempre assim! No que eu for diferente, serei EU mais que já fui, pois por ela notei, como ela notou que dois é melhor do que um, apenas quando dois são três, três são cinco e ao infinito!


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